Entre os denunciados, está um contador que teria sido responsável pela abertura de centenas de empresas fantasmas
De acordo com as investigações, o grupo criminoso se especializou em uma espécie de “fábrica de fantasmas”, ao constituir pelo menos 236 empresas fictícias para emissão de notas fiscais fraudulentas. O golpe causou prejuízo estimado em mais de R$ 500 milhões aos cofres públicos, considerando apenas os créditos tributários já constituídos em diversos estados da Federação.
De acordo com o MPMG, o esquema, que operava desde 2020, era estruturado em três níveis: operadores responsáveis pelo controle e lucro com a venda de notas fiscais frias; intermediários, incluindo contabilista e agentes de certificação; e pessoas em situação de vulnerabilidade, recrutadas como laranjas, mediante pequenos pagamentos.
Os valores obtidos ilegalmente eram posteriormente lavados por meio de complexas operações envolvendo o setor imobiliário (construção civil e transações subfaturadas), estabelecimentos comerciais (supermercados, postos de combustível e lojas de conveniência) e agronegócio (empresas cerealistas e atividades agropecuárias).
Entre os denunciados, está um contador que teria sido responsável pela abertura de centenas de empresas fantasmas, cobrando entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por empresa constituída. As investigações revelaram que algumas empresas eram registradas até mesmo em nome de pessoas já falecidas.
O Ministério Público também requereu a fixação de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 500 milhões Por Mirelle Pinheiro / Metrópoles