Traficante que comprava cocaína com dinheiro do Bolsa Família volta a ser preso com pedras de crack

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Medeiros Neto – O traficante Diogo Santos Araújo, o “Bocão”, 19 anos, que ficou conhecido na região depois de fazer uso do dinheiro do Bolsa Família para comprar cocaína, voltou a ser preso na madrugada de sexta-feira, 26 de outubro, pelo Pelotão de Emprego Operacional Tático (PEOT) da 44ª Companhia Independente de Polícia Militar. Ele estava comercializando crack em um bar próximo a sua residência, na rua dos Cravos, no bairro Portelinha, em Medeiros Neto. Esta é a terceira vez que o acusado é pego com drogas.

Quando era menor, Diogo, que tem uma filha de um ano, foi apreendido com 10 pedras de crack.

Os policiais encontraram com ele uma pedra de crack de, aproximadamente, 15 gramas, e 147 pedras menores, já prontas para a venda, embora, dessas, apenas 76 estavam embaladas em sacolas plásticas. O delegado da Polícia Civil, Kleber Eduardo Gonçalves, mais uma vez, autuou “Bocão” por tráfico de drogas.

Na prisão anterior, o acusado chamou atenção pela ousadia de ter comprado cocaína com dinheiro de um programa social que o governo federal manda para cuidar de sua filha. Desta vez, se valeu de uma atitude desumana ao esconder parte da droga no cobertor de sua filha, que estava dormindo, no momento da chegada da polícia para recolher o restante da droga.

O acusado havia sido preso no dia 15 de maio desse ano com 15 gramas de cocaína quando chegava em Medeiros Neto, em um carro de lotação, vindo da cidade de Teixeira de Freitas, onde confessou ter comprado a droga no bairro Nova América por R$ 130. Na ocasião, ele disse que parte do dinheiro foi do programa Bolsa Família, que a mulher dele recebe.

Por esse crime, a Justiça proferiu sentença com uma pena abaixo de quatro anos e fixou pena alternativa de prestação de serviço à sociedade e, por isso, estava em liberdade havia menos de um mês.  Quando era menor, Diogo, que tem uma filha de um ano, foi apreendido com 10 pedras de crack.

Nem o enfadonho ambiente do cárcere quando das passagens anteriores por tráfico de drogas e muito menos a pena alternativa imposta pela Justiça exemplaram “Bocão”, que, em uma atitude como a de quem gostou da cena e rio dela, continua desafiando as leis brandas que, cada vez mais, vem contribuindo para a impunidade no país. Por Edelvânio Pinheiro.