Serial killer de Goiás enfrenta 29º julgamento

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O serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 29 anos, enfrenta nesta segunda-feira (20) o 29º júri popular, em Goiânia. Desta vez ele responde pelo assassinato do morador de rua Wesley Alves Guimarães, de 39 anos, ocorrido em fevereiro de 2013.

O vigilante, que responde por mais de 30 mortes, já foi condenado a mais de 600 anos de prisão. Na última quarta-feira (15), ele recebeu a maior pena até agora: 46 anos e oito meses pela morte de dois adolescentes em uma lanchonete da capital.

O julgamento desta manhã será realizado no 1º Tribunal do Júri, a partir das 8h30, e será presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

De acordo com o processo, Wesley foi morto com um tiro na cabeça no dia 9 de fevereiro de 2013, enquanto dormia debaixo de uma marquise de uma loja na Avenida C-4, no Jardim América.

Durante a audiência de instrução do caso, em julho de 2015, a mãe de Wesley, a diarista Eliena Aparecida Alves, pediu que o caso não fique impune. “Quero justiça para o meu filho”, disse.

Na ocasião, Eliena contou que sempre tentou tirar o filho das ruas e o levar para casa, mas ele se recusava, dizendo que ia trabalhar. Ainda segundo a diarista, ele não tinha esposa e nem filhos, era uma pessoa quieta, sem inimizade, mas que tinha problemas psicológicos.

“Eu cheguei a internar ele por um mês, mas depois que ele voltou para casa, acho que ele ficou com raiva de mim e passou a dormir na rua com medo que eu internasse ele de novo”, contou.

Condenações
O vigilante, apontado como responsável por mais de 30 assassinatos, está preso desde outubro de 2014. Dos 28 julgamentos a que ele já foi submetido, foi condenado em 26. Em outras duas situações, ele foi inocentado.

O vigilante também já foi condenado pela Justiça a 12 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assaltado duas vezes a mesma agência lotérica do Setor Central, na capital goiana.

Mãe de vítima de suposto serial killer pede Justiça em audiência em Goiânia, Goiás (Foto: Vitor Santana/G1)Mãe de Wesley, Eliena pediu punição por morte do filho durante audiência (Foto: Vitor Santana/G1)