Quando a reencarnação foi proibida no Cristianismo

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Neste artigo gostaria de retornar ao tema reencarnação, atendendo à solicitação de um leitor, mesmo sabendo que já falamos nos artigos anteriores sobre vários aspectos do tema, mas que, mesmo assim, não é suficiente para minar o mesmo. E para não ser repetitivo, gostaria de abordar um aspecto pouco conhecido pela grande maioria dos cristãos, que é a proibição pelo Cristianismo de se falar em reencarnação. Vamos buscar na história… No ano de 543 d.C. o imperador Justiniano, do Império Romano do Oriente, com sede em Constantinopla, era um teólogo que queria saber mais de teologia do que o papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora, foi uma cortesã e se envolvia nos assuntos do governo do seu marido e até nos de teologia.

Por ter sido ela prostituta, e as suas antigas colegas de profissão gabarem-se por ela também ter sido prostituta, mandou assassinar as prostitutas da região, segundo a história, aproximadamente quinhentas (500). Como todo o povo cristão daquela época era reencarnacionista, passou a chamá-la de assassina, e a dizer que deveria ser assassinada, em vidas futuras, quinhentas vezes; que era seu “carma” por ter mandado assassinar as suas ex-colegas prostitutas. Teodora, então, passou a odiar a doutrina da reencarnação e, através do seu marido, partiu para a perseguição sem trégua contra a reencarnação.

Em 543 d.C. Justiniano publicou um édito (lei), em que expunha e condenava as principais ideias de ORIGENES, sendo uma delas a da preexistências da ALMA. Após a publicação do édito, Justiniano determinou ao patriarca Menas de Constantinopla que convocasse um sínodo (assembleia de religiosos convocada por um superior), convidando os bispos para que votassem em seu édito (lei), condenando dez anátemas dele constantes e atribuídos a ORIGENES. O anátema que interessa a este estudo é a da condenação da preexistência da ALMA, que, em síntese, diz o seguinte – “Quem sustentar a mítica crença na preexistência da ALMA e a opinião, consequentemente estanha, de sua volta, seja anátema”. Continua.

Muita Paz!!!

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