Esgotamento, ou, asfalto?

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O uso da conjunção coordenativa “ou”, neste caso, designando incompatibilidade, é para demonstrar como funciona em Teixeira de Freitas a infraestrutura. Aqui, o cidadão não pode, em hipótese alguma, ao que parece, ter uma cidade com saneamento básico e ruas pavimentadas. E não pode porque a MRM Construtora NÃO DEIXA.

Os desserviços prestados por esta empresa, que dizem ser terceirizada da Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) parecem não ter fim. Há tempos a população tem reclamado dos transtornos causados pela tal empreiteira. Relembremos:

Em matéria que foi ao ar no Jornal Alerta em agosto de 2012, postada em vários sites da cidade, há denúncias quanto ao péssimo trabalho executado pela MRM, quando moradores, dentre outras críticas, reclamavam dos incontáveis buracos deixados nos locais em que a empresa já havia concluído seu trabalho. Melhor, pensava tê-lo feito, tendo em vista que, conforme a mesma matéria, o gerente da Embasa, na época, afirmou que a recomposição das vias é responsabilidade da MRM Construtora, como parte de sua competência contratual. Cabe salientar que em outra matéria feito pelo Alerta no começo de 2012, quando o mesmo gerente passou esta informação, disse que em fevereiro a MRM começaria a recomposição das ruas, no entanto, como vemos, em agosto isto ainda não havia sido feito.

Na ocasião, o Ministério Público notificou a MRM e também o secretário de Obras e Infraestrutura do município. Foi realizada a inspeção “in loco” e verificada a inconclusão das obras. O responsável pela empreiteira declarou que faria uma “Operação Pente Fino para a recomposição das vias nos locais por onde passou”, sendo que dentro de 40 dias, conforme promessa, as ruas já teriam voltado ao estado inicial.

Se isso ocorreu, é outra coisa. Fato é que esta empresa segue realizando as obras de esgotamento sanitário no município e os problemas não só persistiram, como ganharam proporções assustadoras, oferecendo riscos à integridade física do teixeirense. Já tivemos carros que caíram nos buracos da MRM e, agora, motociclistas, quando a pessoa que estava de carona ficou com braços e seios bastante feridos após a moto em que estavam cair em cratera da avenida São Paulo. Por ora, apenas machucados. A Prefeitura deixará que a MRM tenha que arcar com gastos de funerais também?

Digo a Prefeitura, porque a Embasa, ao dizer que o serviço é terceirizado à MRM parece se esquivar de qualquer culpa. Será que seguem com a empresa porque é baratinho o serviço se comparado às demais que concorreram? É contrato eterno? Estão sob ameaça? Não entendo porque seguir com a MRM. Não existe uma empresa mais profissional? Que não faça serviço porco?  É vergonhosa e triste a situação que vemos na cidade.  Os edis se mobilizaram em defesa do povo; e o gestor? Cadê medidas sérias?

Em quase todas as vias por onde a empreiteira passou e havia asfalto, ele não serve para mais nada. A rua Mauá está horrível. E nem me digam que lá ainda não acabaram, porque a parte em que concluíram fizeram um meia boca, onde em muitos lugares o asfalto afundou e fez crateras perigosas, em que carros e motos se arriscam em manobras, com riscos eminentes de colisões ou quedas. A avenida São Paulo, é melhor nem comentar, ruas diversas no São Lourenço…

Há defensores da MRM e da Prefeitura que justificam a porcaria toda afirmando que a ideia é calçar as vias porque o asfalto é prejudicial ao meio ambiente. Oras! Ao cidadão que cai nos buracos não interessa como eles serão tapados, somente que sejam, afinal, o teixeirense precisa saber o que é asfalto E esgotamento sanitário, além de respeito aos seus impostos pagos. Chega de condições que inviabilizam o bem-estar pleno da população.