Emancipação emocional feminina – Parte III

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Para motivá-la a tirar partido de tais dotes, a natureza deu-lhe vaidade, certa dose de exibicionismo e um instinto de rivalidade com as outras mulheres.

Em uma mulher feminina suas formas serão arredondadas, mas não angulosas, com movimentos graciosos ou lépidos, mas não enérgicos, de voz clara e melódica, mas não grossa e profunda, expressão de um rosto sereno como um dia primaveril ou profundo como as horas do crepúsculo.

Além de profissões com características femininas como professoras, enfermeiras, secretárias, vendedoras, escriturarias e outra similares, elas abriram campo em profissões como médicas, dentistas, contadoras, policiais, economistas, políticas, motoristas, operadoras de máquinas e outras tantas mais. Também representam quantitativamente um número maior nas faculdades.

É interessante notar que nessas profissões mais técnicas e árduas – anteriormente de domínio exclusivamente masculino – as mulheres não as assumem de forma integral, fazendo um “desconto” operacional como se a sua natureza feminina reconhecesse e aceitasse sua limitada competência.

Médicas e dentistas – em sua maioria – escolhem especialidades que filtrem sua clientela, focalizando o seu trabalho com outras mulheres ou com crianças.

Não é um impedimento por falta de conhecimento técnico, mas, sim, uma escolha objetivando trabalhar com pessoas com as quais se sintam mais confortáveis.

Computando os “ganhos” com as “perdas e danos” de ambos os lados do mundo masculino e feminino, podemos afirmar que enquanto as mulheres se ausentaram de suas funções naturais, os homens se “feminizaram” assumindo funções que antes eram tipicamente femininas, como cuidar das tarefas da casa e das crianças; e se saindo muito bem nessas novas funções.

Após duas gerações (40 anos) do movimento feminista, pode a humanidade se perguntar: poderia ser pior? Nunca saberemos.

Paradoxalmente, é grande a participação feminina na produção literária, incluindo a área científica da medicina, sociologia e psicologia. Nesses campos o foco tem sido relativo a fatos em que a busca para respostas só tem sido encontrada no autoconhecimento.

Nesses tempos modernos são poucas as famílias suficientemente estruturadas para educar os filhos de ambos os sexos, o que tem produzido pessoas sem referenciais, geralmente causados pela ausência física ou emocional da mãe e/ou do pai.

Tal e qual uma criança solta em uma loja de doces sem a supervisão de adultos, os jovens têm promovido uma festa – senão orgia – com uma liberdade total obtida muito cedo e emocionalmente despreparada para usufruir dos direitos e responsabilidades da vida de uma pessoa adulta. As consequências têm sido trágicas.

Esse fenômeno vem acontecendo desde a década de 1970 e tem passado de geração a geração, o que tem causado uma má-formação emocional, com a ausência de valores éticos e morais necessários em uma vida pessoal e social justa, onde a honra e a dignidade perderam seu sentido original.

Nesse contexto conturbado onde a violência e a perversidade imperam, muitas delas, ao pressentirem que falta alguma coisa que não sabe definir exatamente o que é, buscam – com ou sem auxílio profissional – respostas para descobrir aquela dor não definida que tanto incomoda e atrapalha sua vida pessoal. Continua.

*Carlos Magno Perin é PhD em Terapia Cognitiva Comportamental e Inteligência Emocional.