Observando o fluxo de carros e pedestres de nossa cidade, podemos, facilmente, perceber o quanto Teixeira de Freitas está crescendo. Já são mais de 150 mil habitantes. Pessoas que diariamente vêm e vão de/para seus trabalhos, movimentando a máquina do capital que sustenta o município.
Estamos crescendo, sim. Mas, nem sempre isso pode ser visto por um viés da positividade. Basta analisarmos alguns bairros periféricos para notarmos que o crescimento desordenado é um dos males trazidos pelo desenvolvimento, muitos parecem verdadeiras favelas, só não o são por terem ao menos água encanada, porque o serviço de saneamento básico completo, que preste, dificilmente vemos por aqui. Entretanto, nestes lugares, a situação é mais complicada, a ausência deste serviço, o qual é direito do cidadão (o IPTU é para isso), é muito mais intensa.
Interessante é que em época de campanhas eleitorais é na periferia que os candidatos vão fazer suas promessas, garantir melhorias para aquela comunidade, enganar a todos. Aí, vencem, conseguem se aproveitar da dor dos oprimidos e excluídos, pessoas que vivem à margem da sociedade, prometendo a elas tudo aquilo que eles veem que as falta, mesmo aquilo que não está ao alcance deles resolver em quatro anos. Ainda sabendo que não poderão fazer, prometem. A prova cabal de que se preocupam somente consigo, pouco importando a situação do outro, ao contrário, é bom que exista o marginalizado, pois enquanto houver, estarão sendo eleitos.
Porque é só pensarmos, a maioria de nossa sociedade pertence às camadas mais baixas da pirâmide social, assim, se os políticos fossem contar com os votos da classe dominante, menosprezando as outras, não venceriam eleições. Além do mais, a classe dominante também manda na política, pois o capitalismo é o que rege o Estado, a estratificação social tem raízes mais profundas do que podemos imaginar. Por isso, é tão difícil lutar por uma sociedade igualitária.
As pessoas que fazem rodar as engrenagens que mantêm este município são, em sua grande maioria, funcionários, proletários, como em todas as cidades brasileiras, sujeitos oriundos das camadas desprestigiadas socioeconomicamente. Cidadãos que vendem sua mão de obra por um preço baixíssimo, enquanto as empresas adquirem imensos lucros com o produto final de seus trabalhos.
Teixeira de Freitas está crescendo em todos os aspectos, por isso, é indispensável que sua população acorde para as questões políticas de sua cidade. Participando de forma efetiva de tudo que acontece aqui, porque ser cidadão, contribuir para o desenvolvimento do município. E uma das maneiras de impulsionar o desenvolvimento de sua cidade é pagando IPTU. Escolher um bom candidato é primordial, mas, se o cidadão não honrar com seu compromisso, não tem bom gestor que faça milagres. Se queremos melhorias pra periferia, é preciso pagar o IPTU, para, depois, poder cobrar caso a administração não faça sua parte.
