Clínica Saúde Renal atenderá pacientes de Teixeira e região com o que há de mais moderno em diálise

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Com capacidade para 200 pacientes/dia, a clínica ofertará atendimento com qualidade e comodidade aos 110 renais crônicos da região
Obras totalmente concluídas, aparelhos de última geração, as melhores poltronas do país para realização de diálise e uma equipe de enfermeiros, técnicos em enfermagem treinados e capacitados para este tipo de atendimento, psicólogos, nutricionistas, assistente social, copeira, equipe administrativa, de higienização, indicam que a cidade de Teixeira de Freitas e a região Extremo Sul acabam de ganhar a Clínica Saúde Renal, no bairro Bela Vista, dirigida pelo dr. Evan Pereira Barreto. Ele é o primeiro nefrologista da cidade e quem coordena o tratamento renal tanto na rede particular como municipal. A vinda do governador da Bahia, Rui Costa, na segunda-feira, 29 de agosto, proporcionou a assinatura do contrato, único aspecto que faltava para que a clínica fosse inaugurada.
Com um investimento entre 7 e 8 milhões de reais, a iniciativa do dr. Evan foi abraçada pelo Município e pelo Estado, por meio de convênios, os quais permitirão que todos os pacientes que, hoje, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), são levados numa exaustiva viagem para realizar a diálise em Teófilo Otoni/MG, possam fazê-la em Teixeira de Freitas, numa clínica – de mil metros quadrados – que já nasce referência na área.
 “É uma unidade privada, com parceria do Estado e do Município, pois entre 80 a 90 % dos pacientes serão pelo SUS. Sem os pacientes do SUS não teríamos condição de funcionar, posto que grande parte da população que faz diálise depende do SUS. E eles podem ter certeza que receberão o melhor atendimento na Saúde Renal”, contou o idealizador da clínica.
O nefrologista também citou a qualidade de vida e humanização no atendimento dos pacientes renais, que sofrem, atualmente, em viagens cansativas, por cerca de 270 km para ir e para voltar de Teófilo Otoni, a fim de serem dializados. “Paciente, hoje, vai pra Teófilo Otoni, são 270 km para ir e 270 km para vir. É cansativo. O paciente que, às vezes, é diabético, é hipertenso, que passa mal na viagem, [para ele] é cansativo pegar todo esse percurso. Agora, ele está isento disso. Ele estará em casa”, pontuou.
O médico também comentou como ficará a situação dos pacientes dos municípios vizinhos: “E mesmo as cidades vizinhas diminuíram significativamente os km rodados. Por exemplo, daqui para Alcobaça, 54 km, mas, de Alcobaça pra Teófilo Otoni, passa de 300 km, então, ele vai ter comodidade; além de a clínica estar totalmente habilitada. Equipamentos de qualidade, poltronas totalmente confortáveis – as melhores que existem no país para diálise”.
“O paciente terá seu conforto, o que mais precisa: qualidade de vida e tratamento médico e de enfermagem”, destacou ao relatar que serão 15 máquinas, com as quais será possível dialisar 45 pacientes/dia, sendo, em média, 4 horas a duração do processo de diálise por paciente. A clínica terá suporte para 200 pacientes. E, segundo dr. Evan Barreto, a região tem 110 pacientes renais, dos quais, 79 são de Teixeira de Freitas, sendo assim, o empreendimento tem estrutura para bem atender o dobro da demanda regional.
Conforme o dr. Evan Barreto, os pacientes renais crônicos são uma quantidade “quase infinita”, mas, a clínica dará suporte a todos, inclusive, aos que ainda não entraram em diálise também. “Além destes 200 pacientes de diálise, estamos implantando a diálise peritoneal. Que consiste em implantar um cateter na barriga do paciente e ele ficar com este cateter. A gente infunde um líquido, que fica num período que depende de paciente para paciente, mas, em média, mais ou menos 3 a 4 horas. E, depois, é retirado. Cada paciente terá o líquido preparado conforme suas necessidades. O próprio paciente pode fazer em casa. É feito um treinamento com ele e familiares e, no mínimo, uma vez ao mês ele vem para a clínica e a gente faz análise dos exames para ver se ele está evoluindo bem. Qualquer intercorrência, ele retorna à clínica e vemos se precisa mudar: ou de modalidade, passar para diálise; ou ajeitar as soluções dele”, esclareceu.
Há, também, de acordo o nefrologista, uma máquina que se coloca e o paciente da peritoneal a faz enquanto dorme. A máquina é ligada ao cateter e programada conforme necessidade. Em âmbito geral, existem 4 tipos de tratamento para o paciente urêmico, com insuficiência renal crônica: “o conservador, vai segurando ele até precisar de diálise; depois, o transplante, uma das melhores alternativas, porque aumenta bastante a sobrevida; e a hemodiálise, que é a mais divulgada, na realidade, que é com uma máquina, tem um capilar, tipo um tudo, que será o rim dele, a gente implanta o cateter ou faz umas fístula. Se for uma fístula, uma agulha vai puxar o sangue da pessoa, que passará pela máquina, onde é o rim artificial, filtra todo o sangue, tira todas as impurezas e também o excesso de líquido, porque a maioria destes pacientes não urinam. Depois, programa a máquina pra quanto se quer tirar – sódio, temperatura etc. – tudo isso é programado. Por outra via, o sangue limpo é devolvido ao paciente”, explicou.

Desta forma, a Saúde Renal deverá atender, estimativamente, 500 renais crônicos ao mês, segundo o seu diretor, posto que, por ora, o único atendimento lá não ofertado é o transplante de rins, no entanto, a mente sonhadora e inovadora do dr. Evan não para jamais, e ele já disse que isto é um sonho.  “Nos meus planos é que num prazo máximo de 2 anos tudo esteja funcionando perfeitamente na clínica, aí nos vamos começar com transplante renal”.

A clínica terá uma integração com o curso de medicina da Universidade Federal do Sul da Bahia. O que é muito importante, para dr. Evan, porque “esses alunos precisam vivenciar o renal crônico, que é uma especialidade muito importante para quem passa pelo curso de medicina. E a clínica vai abrir as portas para os alunos para que possam presenciar a vida de um renal crônico, ver como funciona e trabalhar dentro dela, na medida do possível, como aluno”.
A dra. Ludmila Vilela, médica nefrologista que chegou à região há três anos, vinda a convite do dr. Evan para atuarem juntos na área, disse estar encantada com Teixeira de Freitas e agradecida pelo acolhimento. Ela garantiu que não irá faltar bom atendimento e carinho aos renais crônicos. “Tenho três anos aqui. Vim pra cá a convite do dr Evan, e tomei posse do sonho dele. E quando eu vim pra região, a gente viu a carência nessa área, e vi o carinho, carinho esse que todos os pacientes vão receber, este carinho que Evan tem por Teixeira, que aprendi a ter. Teixeira me conquistou e pode ter certeza que além do atendimento de qualidade, da comodidade de se estar em casa, vai ter um amor muito grande de toda equipe”, garantiu, muito feliz, a nefrologista. Por Jornal Alerta

2 COMENTÁRIOS

  1. Parabens pela abertura da clinica.
    Sou Doente Renal Cronico , morava em Alcobaça e tive que me mudar para Belo Horizonte para ter um tratamento de qualidade.
    Agora posso voltar a viver e me tratar em Alcobaça.
    Obrigado Dr Evan e muito sucesso .

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