A serviço da comunidade: 13º Beic lança projeto para construção do Centro de Equoterapia

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Este tipo de terapia com cavalos é bastante difundido em todo o mundo
Mais uma vez a Polícia Militar cumpre seu papel social. Na segunda-feira, 5 de setembro, no 13º Batalhão de Ensino, Instrução e Capacitação (Beic), foi apresentado o projeto de Equoterapia, na sala de reuniões da instituição. Compareceram representantes de entidades sociais, do Poder Judiciário, da administração municipal, setor empresarial e imprensa local.
O objetivo precípuo do projeto, conforme destacado na apresentação, é oferecer atendimento em equoterapia: “É um tratamento que se dá pela interação entre o indivíduo e o cavalo. O cavalo é um animal extremamente sensível, e, a partir do momento que o indivíduo está em contato com o cavalo, a interação é tão forte que o próprio cavalgar faz com a pessoa desloque seu centro de gravidade, tenha reflexos desenvolvidos, facilita o ganho de tônus musculares e muito mais. Algo muito útil pra pessoas com necessidades especiais. Inclusive, temos aqui pessoas que já usaram este serviço outrora, desenvolvido pela Pestalozzi, mas que, por motivos outros, não pôde ter prosseguimento”, explicou um dos apresentadores do projeto.
Os principais ganhos do tratamento estão ligados à questão motora, ao passo que a equitação favorece o exercício do equilíbrio. Além disso, há, comprovadamente, melhora no tônus muscular e na postura. Também há evoluções na parte psicológica, com o aumento da autoestima, a autoconfiança. Memória, percepção visual e auditiva, melhorando a direção, análise, síntese e raciocínio, mais outras melhorias observadas no praticante de equoterapia.
O tenente-coronel Amon Pereira Gomes, comandante do 13º Beic, destacou que o tratamento de saúde e psicopedagógicos baseados em atividades equoterápicas buscam a inclusão social do praticante e uma considerável melhora na qualidade de vida junto à sociedade.
Um dos motivos da exposição do projeto é comover toda a sociedade a abraçá-lo e, junto à Polícia Militar, colocá-lo em prática. “Muitas pessoas têm que se levantar para apoiar este projeto. O esforço conjunto pode tirar este projeto do papel”, disse o comandante do Beic.
A equoterapia ajudaria pessoas, sobretudo, crianças, com síndrome de Down, paralisia cerebral, derrame, esclerose múltipla, hiperatividade, autismo, muito agitadas ou com dificuldade de concentração, representando um ganho no âmbito da inclusão social para Teixeira de Freitas.
Para a execução do projeto será necessária uma equipe multidisciplinar. “Temos que ter uma equipe multidisciplinar, um médico para acompanhar a evolução dessas crianças, um psicólogo pra verificar os aspectos sociais e emocionais, fisioterapeuta, pedagogo, instrutor de equitação, educador físico e assistente social. Alguns destes profissionais a própria instituição tem em seus quadros, outros, não. Essa apresentação é para sensibilizar a sociedade sobre essa demanda, para que profissionais de saúde se juntem a Polícia Militar pra este intento”, esclareceu um dos apresentadores.
Já existe um diálogo junto à administração municipal e demais instituições, como o Poder Judiciário e entidades locais, para formalizar a parceria a fim de implantar o Centro de Equoterapia.
Além de uma equipe técnica, o Centro de Equoterapia deverá dispor das seguintes instalações físicas: rampa fixa, rampa móvel, escada de madeira, picadeiro, redondel, baia individual e pavilhão. As instalações no 13º Beic deverão contar, ainda, com salas de reunião equipadas com instrumentos audiovisuais e multimídia, materiais didáticos e de escritório.
Algumas estruturas já foram iniciadas no espaço do Batalhão e o projeto deve ser lançado no dia 7 de outubro, quando serão repassadas novas informações a cerca do iniciativa da Polícia Militar junto a comunidade.
O que é equoterapia?
É um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. Emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima. Por Jornal Alerta, com informações de Sulbahianews/Uinderlei Guimarães e site da Associação Nacional de Equoterapia.